“Subjetividade e Ética em Ludwig Feuerbach”
Acontece de 08 a 10 de junho de 2010, na Universidade Federal da Paraíba, Campus I, Auditório CCJ, o II CONGRESSO INTERNACIONAL LUDWIG FEUERBACH, com o tema Subjetividade e Ética em Ludwig Feuerbach.
O orientador do nosso grupo, Prof. Dr. José Crisóstomo de Souza, será professor convidado com a conferência Feuerbach empirista, Marx essencialista - Feuerbach e a saída do hegelianismo; e o estudante, também membro deste grupo, Rodrigo Ornelas apresentará o trabalho Gênero e Indivíduo, em Ludwig Feuerbach.
Inscrições Coordenação do Mestrado em Filosofia-UFPB (83) 3216-7205
Conferencistas:
Prof. Dr. Deyve Redyson (UFPB)
Prof. Dr. Draiton Gonzaga de Souza (PUC-RS)
Prof. Dr. Eduardo Ferreira Chagas (UFC)
Prof. Dr. José Crisóstomo de Souza (UFBA)
Prof. Dr. Marcio Gimenes de Paula (UNB)
Prof. Dr. Rosalvo Schutz (UNIOESTE-PR)
Resumo (versão reduzida) do trabalho Gênero e Indivíduo, em Ludwig Feuerbach, de Rodrigo Ornelas:
Em A Essência do Cristianismo, de 1841, Ludwig Feuerbach distingue a “Essência Humana” do “Indivíduo Humano”, separando, desse modo, o Gênero (Gattung) do Indivíduo. Essa oposição é objeto recorrente nos debates internos do movimento jovem hegeliano. Porém é Feuerbach o primeiro a por nesses termos: o Homem no lugar de Deus, a essência humana como a verdadeira, e o indivíduo subordinado àquele (o Homem Genérico). Ele estabelece, assim, que este Ser-Genérico (Gattungswesen) está acima do homem individual; e que nossa essência não é subjetiva. Ao mostrar que Deus nada mais é que a essência objetiva do homem, Feuerbach revela a religião como antropologia. Daí, então, desenvolve-se que, se a religião era o lugar da moral e do conhecimento verdadeiro, agora é da essência do Ser-Genérico a razão, a vontade e o amor, atributos que também o torna “ser moral”; mas ainda não o indivíduo sensível, corpóreo, ou seja, o conhecimento também não é subjetivo. Só existe ética e ciência, por exemplo, na consideração genérica, lidando com os atributos absolutos, não contingentes, não transitórios do homem. Mas se sua guinada antropológica lhe situou como um dos mais importantes filósofos da sua época, por outro lado, Feuerbach despertou as críticas de outra ala da esquerda hegeliana, nas oposições de, destacadamente, Max Stirner e Bruno Bauer, defensores da soberania do indivíduo. Nesta comunicação, portanto, discuto as idéias de Gênero e Indivíduo em A Essência do Cristianismo, desenvolvendo daí as implicações filosóficas, morais e políticas das posições feuerbachianas no debate pós-hegeliano, representadas tanto nas críticas como nas defesas dessas posições; e, inclusive, nas conseqüências dessas reações nos escritos posteriores do próprio Feuerbach, quando, em Preleções sobre a Essência da Religião (1851), ele já admite que "o Gênero só exise enquanto Indivíduo ".
O orientador do nosso grupo, Prof. Dr. José Crisóstomo de Souza, será professor convidado com a conferência Feuerbach empirista, Marx essencialista - Feuerbach e a saída do hegelianismo; e o estudante, também membro deste grupo, Rodrigo Ornelas apresentará o trabalho Gênero e Indivíduo, em Ludwig Feuerbach.
Inscrições Coordenação do Mestrado em Filosofia-UFPB (83) 3216-7205
Conferencistas:
Prof. Dr. Deyve Redyson (UFPB)
Prof. Dr. Draiton Gonzaga de Souza (PUC-RS)
Prof. Dr. Eduardo Ferreira Chagas (UFC)
Prof. Dr. José Crisóstomo de Souza (UFBA)
Prof. Dr. Marcio Gimenes de Paula (UNB)
Prof. Dr. Rosalvo Schutz (UNIOESTE-PR)
Resumo (versão reduzida) do trabalho Gênero e Indivíduo, em Ludwig Feuerbach, de Rodrigo Ornelas:
Em A Essência do Cristianismo, de 1841, Ludwig Feuerbach distingue a “Essência Humana” do “Indivíduo Humano”, separando, desse modo, o Gênero (Gattung) do Indivíduo. Essa oposição é objeto recorrente nos debates internos do movimento jovem hegeliano. Porém é Feuerbach o primeiro a por nesses termos: o Homem no lugar de Deus, a essência humana como a verdadeira, e o indivíduo subordinado àquele (o Homem Genérico). Ele estabelece, assim, que este Ser-Genérico (Gattungswesen) está acima do homem individual; e que nossa essência não é subjetiva. Ao mostrar que Deus nada mais é que a essência objetiva do homem, Feuerbach revela a religião como antropologia. Daí, então, desenvolve-se que, se a religião era o lugar da moral e do conhecimento verdadeiro, agora é da essência do Ser-Genérico a razão, a vontade e o amor, atributos que também o torna “ser moral”; mas ainda não o indivíduo sensível, corpóreo, ou seja, o conhecimento também não é subjetivo. Só existe ética e ciência, por exemplo, na consideração genérica, lidando com os atributos absolutos, não contingentes, não transitórios do homem. Mas se sua guinada antropológica lhe situou como um dos mais importantes filósofos da sua época, por outro lado, Feuerbach despertou as críticas de outra ala da esquerda hegeliana, nas oposições de, destacadamente, Max Stirner e Bruno Bauer, defensores da soberania do indivíduo. Nesta comunicação, portanto, discuto as idéias de Gênero e Indivíduo em A Essência do Cristianismo, desenvolvendo daí as implicações filosóficas, morais e políticas das posições feuerbachianas no debate pós-hegeliano, representadas tanto nas críticas como nas defesas dessas posições; e, inclusive, nas conseqüências dessas reações nos escritos posteriores do próprio Feuerbach, quando, em Preleções sobre a Essência da Religião (1851), ele já admite que "o Gênero só exise enquanto Indivíduo ".