Poética Pragmática, antes GEFiM (Grupo de Estudos de Filosofia e Modernidade), é um grupo de estudos de filosofia contemporânea, entendida esta como a elaboração filosófica em curso nos nossos dias, e entendidos esses estudos como orientados para uma participação nela. Seu trabalho está voltado para autores posteriores a Hegel e para textos e artigos mais recentes, representativos daquela elaboração, podendo incluir outros filósofos, históricos, desde que explorados não simplesmente por exegese de texto e como história da filosofia. Ou seja, os autores sendo sempre enfrentados com disposição crítica, tentativamente como interlocutores, pelo menos uns dos outros, e enquanto voltados para temas e problemas de uma discussão filosófica viva. Em termos de correntes filosóficas, em desenvolvimento, são referências centrais para o trabalho do grupo o pós-hegelianismo e o pragmatismo, representantes seus como Stirner, Feuerbach e Marx, Dewey e James, Habermas e Rorty, e eventualmente outros autores postos em diálogo com essa dupla referência. São ambas vertentes de pensamento que convergem no afastamento da pretensão de atemporalidade para a filosofia, por assumirem a Modernidade como seu contexto e por fazerem dela própria objeto de sua consideração. São correntes que expressam uma demanda de concretude e Diesseitigkeit (citerioridade), procurando assumir o humano finito e prático, em seu caráter sensível, como referência para a crítica do racionalismo abstrato e para seus próprios posicionamentos positivos. Nessa perspectiva, pièce de résistence do próprio grupo, ou, melhor dizendo, do seu orientador, e pedra de toque daquela preocupação "citerior" (diesseitig), é a idéia de "poética pragmática", isto é, da prática como poiésis, como produção e criação, de alcance material, ético, estético, pessoal e político. É também parte dessa perspectiva prática, tanto um viés "crítico", como um viés "construtivo", comprometido com a ideia de democracia como forma de vida, seja pelo lado do "destino comum" dos homens, seja pelo do auto-cultivo e auto-criação pessoais. Podem ser considerados textos-marcos, programáticos, dessas preocupações, a serem criticamente tomados, as "Teses ad Feuerbach", de Marx, como plataforma pragmatista aberta, O Discurso Filosófico da Modernidade, de Habermas, como crítica da razão centrada no sujeito, e os posicionamentos neo-pragmatistas, de alcance deflacionista e matiz nietzschiano, de Richard Rorty, além do debate entre os dois. E ainda, num outro plano, os posicionamentos de Porchat e Tugendhat e do próprio orientador do grupo (na linha de uma "filosofia civil"), no A Filosofia entre Nós. Como preparação para participação, os interessados podem encontrar o desenvolvimento desse "mapa" de referências e considerações, na homepage www.jcrisostomodesouza.ufba.br, onde a noção de "poética pragmática" encontra esclarecimentos adcionais. São outros requisitos de participação a disposição para o estudo autônomo e dedicado, e o esforço de redação aprimorada em língua portuguesa e de leitura em inglês e espanhol como línguas francas.
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